sábado, 13 de fevereiro de 2016

O tema abordado

Como você aprendeu tudo o que sabe sobre sexo?

Alguma vez já teve dúvida sobre alguma prática?

Você faz tudo o que deseja com a sua parceira?

E a sua parceira, faz tudo o que deseja com você?

E você já conversou com ela a respeito desse assunto?

Existem limites para um casal entre quatro paredes?

Este é o tema abordado no livro "As Cores do Sexo", contado em um romance de forma muito simples, levando o leitor a se questionar sobre o que estaria certo e o que seria aceitável, afinal, sexo é um assunto polêmico que sempre preferimos guardar para nós mesmos as nossas experiências.

Leia e se questione.


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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Escrever é um grande barato

Amigos, ser escritor é uma experiência fantástica, você vive uma realidade paralela, sob a pele de seus personagens quando escreve e é interpretado por seus leitores, como sendo seus personagens, quando seus leitores são também seus amigos, ou conhecidos, eles te questionam pelos atos de seus personagens.

Nestes primeiros dois meses da edição de meu livro, eu recebi diversos comentários, uns poucos acharam a história um pouco pesada, alguns agradeceram as ideias sugestivas, tiveram comentários de todos os tipos e os meus amigos e conhecidos que leram ao livro, me questionaram se eu já havia experimentado o que está descrito no livro.

A verdade é que este livro nasceu em uma palestra que eu dei em uma escola, sobre inclusão e deficiência, no momento em que eu descrevia os preconceitos que eu sofria depois de ter me tornado deficiente. Após a palestra, durante o debate, alguns pais me questionaram como quebrar este paradigma, como construir a inclusão.

Eu não tenho uma resposta para estas perguntas, pois, fazem parte de um contesto muito maior, o fato de que todo ser humano, muito antes de ser “inteligente” é “preconceituoso”, mas quando eu disse que todo ser humano é preconceituoso, sem exceção, eu enfrentei toda a plateia, que se dizia não ser preconceituosa.

Eu fiz a observação que preconceito, não se restringe a esse ou aquele fator, da mesma forma que o bullying não se restringe a agressão física, preconceito é toda e qualquer restrição que você faça a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, por motivos injustificáveis e bullying é toda e qualquer tortura que você faça a uma pessoa, mesmo que não seja física, mas, psicológica.

Eu disse naquele dia e acredito que a melhor forma de talvez não acabar, mas, diminuir o preconceito é entendermos que o mundo é multiétnico, multireligioso, multitudo na realidade, tem gente gorda, gente magra, gente deficiente, gente de todo jeito. Entendendo a existência das diferenças, precisamos ser tolerantes, educados, respeitadores, aprendermos a convivermos pacificamente, encontrarmos uma forma de coexistirmos pacificamente.

Frente ao ceticismo de todos às minhas palavras, eu apelei a uma coisa muito mais cotidiana, que todos praticam, mas, ninguém fala a respeito, não mais que o trivial, por medo que o julguem da mesma forma com que julgaria e de ser segregado, o “sexo”, eu me referi ao assunto, da forma como ele é tratado em nossa escala moral, onde o branco é a pureza o preto é a total impureza e as nossas práticas sexuais se apresentam nesse monocromático meio.

Naquela noite, na minha casa, eu me perguntei o motivo deste assunto ser sempre tratado na obscuridade, desde o ensinamento até a prática? Por que não dar luz e cores a este assunto? Nascia assim a ideia de escrever um livro para testar o nível de preconceito do leitor, eu pesquisei meses sobre práticas sexuais diversas, as preferencias mais obscuras dos homens e das mulheres e o sentimento que as envolve e as torna toleráveis, juntei tudo com descrições explícitas a um romance fictício, vivido dos anos sessenta até os dias atuais, época onde havia ainda um maior preconceito sobre o assunto.

E aqui está o resultado:



A apresentação do livro é a resenha de um amigo e leitor, eu adorei a colocação dele e pedi autorização para utilizá-la, bem como incorporá-la ao livro.

Convido a todos a lê-lo e no final se posicionar quanto as atitudes do protagonista quanto a vida e quanto ao sexo.


O livro pode ser adquirido em três diferentes formas de impressão ou no formato e-book.


sábado, 6 de fevereiro de 2016

Resenha

Não existe nada mais gratificante para um autor, que o retorno de seus leitores.

Eu recebi uma resenha maravilhosa do meu livro, e tomo a liberdade de apresentá-la a todos:

Resenha - As Cores do Sexo
Por Júlio Martorano*

Na edição de 24 de janeiro de 2016 o jornal Folha de São Paulo publicou, em seu caderno “cotidiano”, uma reportagem que tratava da aceitação da união estável para "casais" de 3 ou mais pessoas. Certamente algo impensável nos anos 1970. A reportagem traz à superfície duas questões bastante atuais que estão intimamente entrelaçadas: o amor além do sexo e a ética nos relacionamentos afetivos.
É um pouco do que também nos traz A. R. Holliday em seu livro "As cores do sexo - um homem, uma mulher e todas as cores do sexo", publicado em 2015 pela AGBooks. Embora o título possa sugerir uma história picante, recheada de sexo explicitamente descrito - e assim é que se passa de fato - trata-se de uma história de amor, permeada pelas dúvidas e conquistas comuns a qualquer pessoa. O leitor que não se engane: certamente, em algumas passagens do livro, aparecerão aqueles comichões no meio das pernas, um tesão causado pela descrição das experiências, mas o livro conta uma história de amor que tem o sexo como fio condutor. E, nas palavras do autor, sexo de qualidade, aquele praticado de forma intensa, demorada e sem escrúpulos.
Narrada na primeira pessoa o personagem do livro, um garoto de classe média que se vê entrando na adolescência em meados da década de 1970. Uma época particularmente conturbada no Brasil onde, após uma explosão de liberdade sexual que tomou a juventude no final dos anos 1950 até meados dos anos 1960, passava por uma retração, talvez até em função do momento político conturbado. Mas não é essa a razão exposta pelo personagem. Vivia ele numa família onde as conversas sobre relacionamentos afetivos ficavam escondidos debaixo do tapete, em especial se o assunto fosse sexo.
Daí começam as aventuras de um adolescente em direção à maturidade e a descoberta das angústias, dos prazeres e das apreensões da vida sexual. A lida com os fluidos do amor e do sexo, as formas de amar, os estratagemas sexuais, a perda da virgindade e as dúvidas sobre a gravidez foram, além do aprendizado que o personagem teve na prática, também objeto de estudo. Não tendo apoio na família, ele buscou nos livros e nos especialistas algumas das respostas às suas angústias. Embora já dito que a descrição é bastante detalhada, o leitor não encontrará nada diferente do que se pode ver nos dias atuais em matéria de relacionamento sexual: oral, anal, bondage, dentre outras modalidades praticadas pelo personagem.
E é neste turbilhão de relações sexuais que encontramos uma história de um amor interrompido pelos mal-entendidos da vida, pela oposição familiar, pela timidez pós-adolescente e pelos casamentos que o personagem do livro e seu amor passam. No caso do personagem, um casamento pobre, onde as relações humanas, incluindo aí as sexuais, ficam em terceiro plano e eram pautadas, principalmente, por um jogo de interesses individuais. E não seria essa uma marca contundente da pós-modernidade? Não seria essa uma das características do "amor líquido" identificada por Zygmunt Bauman? Pois fica evidente a fragilidade das relações de parentesco e a força que as afinidades eletivas apresentam.
Por isso mesmo é que se trata de um livro que coloca a ética como pano de fundo e com um julgamento moral bem definido. Uma moral judaico-cristã onde as relações de parentesco, seja com o irmão, com os pais e, principalmente, com a esposa, devem tomar uma dimensão de “não-liquidez”, o que aprofunda o sofrimento do personagem. Nesta moral, onde a ideia de culpa tem um papel central, o personagem não aceita a “liquidez” das relações. Seu triunfo se dá quando, mesmo com a saúde fragilizada, com sua vida pontificada por um prazo de validade e com a carreira profissional interrompida em sua ascensão, ele encontra naquele amor interrompido uma nova motivação para buscar ser feliz. É quando o personagem recupera seu amor próprio. No mais, fica nítido na narrativa que, como nas vidas de todos nós, a do nosso personagem também passa pelos momentos de euforia e satisfação e, logo em seguida, de tristeza, desespero e angústia, a ponto de, por 2 ocasiões, ter chegado a bater à porta do suicídio.
Neste contexto Holliday nos faz pensar sobre a felicidade além do sexo. Até mesmo sem ele. É possível? Tanto faz. O que importa é que é uma leitura gostosa, agradável, daquelas que o leitor não quer parar e ainda pede mais. Será que teremos mais?


*Júlio Martorano é engenheiro e sociólogo e ministrou a disciplina sobre sociologia, política e ética.


Ao meu leitor e amigo Júlio, fica aqui o meu abraco e a minha gratidão