terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Escrever é um grande barato

Amigos, ser escritor é uma experiência fantástica, você vive uma realidade paralela, sob a pele de seus personagens quando escreve e é interpretado por seus leitores, como sendo seus personagens, quando seus leitores são também seus amigos, ou conhecidos, eles te questionam pelos atos de seus personagens.

Nestes primeiros dois meses da edição de meu livro, eu recebi diversos comentários, uns poucos acharam a história um pouco pesada, alguns agradeceram as ideias sugestivas, tiveram comentários de todos os tipos e os meus amigos e conhecidos que leram ao livro, me questionaram se eu já havia experimentado o que está descrito no livro.

A verdade é que este livro nasceu em uma palestra que eu dei em uma escola, sobre inclusão e deficiência, no momento em que eu descrevia os preconceitos que eu sofria depois de ter me tornado deficiente. Após a palestra, durante o debate, alguns pais me questionaram como quebrar este paradigma, como construir a inclusão.

Eu não tenho uma resposta para estas perguntas, pois, fazem parte de um contesto muito maior, o fato de que todo ser humano, muito antes de ser “inteligente” é “preconceituoso”, mas quando eu disse que todo ser humano é preconceituoso, sem exceção, eu enfrentei toda a plateia, que se dizia não ser preconceituosa.

Eu fiz a observação que preconceito, não se restringe a esse ou aquele fator, da mesma forma que o bullying não se restringe a agressão física, preconceito é toda e qualquer restrição que você faça a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, por motivos injustificáveis e bullying é toda e qualquer tortura que você faça a uma pessoa, mesmo que não seja física, mas, psicológica.

Eu disse naquele dia e acredito que a melhor forma de talvez não acabar, mas, diminuir o preconceito é entendermos que o mundo é multiétnico, multireligioso, multitudo na realidade, tem gente gorda, gente magra, gente deficiente, gente de todo jeito. Entendendo a existência das diferenças, precisamos ser tolerantes, educados, respeitadores, aprendermos a convivermos pacificamente, encontrarmos uma forma de coexistirmos pacificamente.

Frente ao ceticismo de todos às minhas palavras, eu apelei a uma coisa muito mais cotidiana, que todos praticam, mas, ninguém fala a respeito, não mais que o trivial, por medo que o julguem da mesma forma com que julgaria e de ser segregado, o “sexo”, eu me referi ao assunto, da forma como ele é tratado em nossa escala moral, onde o branco é a pureza o preto é a total impureza e as nossas práticas sexuais se apresentam nesse monocromático meio.

Naquela noite, na minha casa, eu me perguntei o motivo deste assunto ser sempre tratado na obscuridade, desde o ensinamento até a prática? Por que não dar luz e cores a este assunto? Nascia assim a ideia de escrever um livro para testar o nível de preconceito do leitor, eu pesquisei meses sobre práticas sexuais diversas, as preferencias mais obscuras dos homens e das mulheres e o sentimento que as envolve e as torna toleráveis, juntei tudo com descrições explícitas a um romance fictício, vivido dos anos sessenta até os dias atuais, época onde havia ainda um maior preconceito sobre o assunto.

E aqui está o resultado:



A apresentação do livro é a resenha de um amigo e leitor, eu adorei a colocação dele e pedi autorização para utilizá-la, bem como incorporá-la ao livro.

Convido a todos a lê-lo e no final se posicionar quanto as atitudes do protagonista quanto a vida e quanto ao sexo.


O livro pode ser adquirido em três diferentes formas de impressão ou no formato e-book.


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